Um início atribulado, mas o sonho do título mantém-se vivo
A temporada do Benfica começou com muitas dúvidas e uma pressão crescente sobre Roger Schmidt. Contestação essa que já vinha desde a época passada, com críticas vindas de adeptos, comentadores e até jornalistas. Rui Costa decidiu apostar no treinador alemão, reforçando o plantel de acordo com a sua visão tática. No entanto, os resultados iniciais não convenceram: um empate com o Moreirense na quarta jornada, somado a outra perda de pontos, selou o destino de Schmidt, que foi despedido nessa altura.
O início instável do Benfica contrastava com um Sporting imparável, e muitos benfiquistas começaram a perder a confiança numa época de sucesso. Mas o futebol dá voltas rápidas: com a saída de Rúben Amorim do Sporting e o subsequente declínio dos leões, o Benfica soube capitalizar. Recuperou pontos e chegou mesmo a liderar a tabela classificativa antes do dérbi decisivo contra o Sporting.
Agora, com o fim da primeira volta, o campeonato está mais equilibrado e imprevisível do que nunca. Qualquer equipa no topo pode sagrar-se campeã, mas o Benfica tem motivos para acreditar. Já levantou o primeiro troféu da época – a Taça da Liga – e apresenta agora expectativas renovadas de conquistar o título nacional. O plantel está mais coeso, e os adeptos esperam que esta recuperação inicial seja apenas o início de uma caminhada rumo à glória.
O que mudou com Bruno Lage?
Desde a sua chegada, Bruno Lage trouxe de volta o benfiquismo ao discurso, procurando reavivar a relação entre adeptos e equipa. Essa energia das bancadas rapidamente se refletiu no relvado, devolvendo intensidade e paixão ao jogo do Benfica.
Taticamente, Lage ajustou a pressão, recuando Kökçü para funções mais construtivas e integrando Aursnes na primeira linha, trazendo agressividade e eficácia na recuperação de bola. Embora as mudanças já sejam visíveis, Lage ainda procura a fórmula ideal para tirar o máximo rendimento do plantel e alcançar a consistência desejada.

11 inicial base do Benfica
Uma das principais críticas apontadas a Bruno Lage tem sido a sua aparente inflexibilidade na escolha do 11 titular. Apesar de contar com um plantel profundo e recheado de talento, a rotatividade tem sido mínima, mesmo num contexto de calendário apertado com muitos jogos em várias competições.
Jogadores como Schjelderup, Prestianni e Rollheiser, que já demonstraram qualidade e capacidade de contribuir, têm recebido poucas oportunidades para se afirmar. Enquanto isso, Di María, aos 36 anos, continua a ser uma peça-chave, mas com poucas ocasiões para descansar, algo que pode comprometer o seu rendimento a longo prazo.
Esta gestão pouco rotativa pode trazer riscos adicionais. Não só aumenta o desgaste físico dos titulares mais utilizados, como também pode gerar algum desconforto nos jogadores que têm minutos limitados. Manter o balneário motivado e coeso é crucial para o sucesso em várias frentes, e a gestão do plantel será um desafio que Bruno Lage terá de enfrentar nos próximos meses.
Pontos fortes e pontos fracos
O plantel mais completo em Portugal
Pode haver debate sobre qual equipa tem o melhor 11 inicial, mas, em teoria, o Benfica apresenta o plantel mais completo e profundo do futebol português. Com soluções de qualidade para praticamente todas as posições, os encarnados têm potencial para gerir um calendário intenso e exigente. Contudo, esse fator ainda não foi completamente explorado. A gestão da profundidade do plantel será essencial para minimizar o impacto de possíveis lesões em jogadores-chave e para manter a competitividade em todas as competições.
Jogadores experientes
Nos momentos de maior pressão, a experiência pode ser decisiva. Jogadores como Otamendi e Di María, que já viveram situações extremas no futebol ao mais alto nível, são verdadeiros líderes dentro e fora de campo. Além das suas qualidades técnicas, trazem uma mentalidade vencedora e a capacidade de transmitir serenidade e confiança ao grupo, especialmente em momentos decisivos. A experiência destes atletas pode ser o fator que faça a diferença quando os detalhes decidem campeonatos.
Dependência da qualidade individual dos jogadores
É inegável que ter jogadores de grande qualidade ajuda a alcançar resultados, mas no caso do Benfica, esta dependência parece excessiva. Quando as suas principais estrelas estão desinspiradas ou bem marcadas, o coletivo tem dificuldades em se impor. A falta de um plano B ou de soluções táticas para superar estas situações tem sido um ponto fraco evidente, tornando a equipa previsível em alguns momentos decisivos.
Problemas na defesa
Apesar de ostentar um dos melhores registos defensivos da primeira volta em termos de golos sofridos, a defesa do Benfica não inspira total confiança. São várias as ocasiões em que os encarnados concedem oportunidades claras de golo aos adversários, expondo fragilidades na organização e no posicionamento defensivo. Contra equipas mais eficazes, estas falhas podem custar caro.
Cultura de exigência do clube face a maus resultados
A exigência dos adeptos benfiquistas é historicamente alta, e os períodos sem títulos só agravam o descontentamento. Roger Schmidt foi uma vítima dessa pressão no início da época, e Bruno Lage não está imune a este fenómeno. Uma série de maus resultados pode rapidamente inflamar o ambiente no clube, dificultando o trabalho da equipa técnica e a estabilidade do balneário.
O que devemos ter em conta na hora de apostar?
O Benfica é uma equipa que tem apresentado alguma inconsistência, o que dificulta bastante na hora de apostar. Num jogo é capaz de dominar por completo um adversário, e no seguinte passar por dificuldades. Algumas das apostas a ter em conta:
A nossa experiência
O Benfica tem um padrão bem definido: começa os jogos de forma mais lenta, construindo o ritmo aos poucos, mas reage muito bem a contrariedades. Quando a equipa está a perder, demonstra grande capacidade de recuperação, tornando as apostas a favor do Benfica em jogos ao vivo uma excelente opção.
A maioria dos golos do Benfica é marcada na segunda parte, refletindo o crescimento da equipa ao longo do jogo. Este é um fator importante para quem aposta em mercados como “mais golos no segundo tempo” ou até para ajustar apostas ao intervalo.
Com uma média de 7,29 cantos por jogo, o Benfica destaca-se como uma das equipas que mais recorre a este tipo de lance. A explicação está no seu grande volume ofensivo, aliado a uma tendência para demorar a finalizar as jogadas. Apostar em mercados de cantos, especialmente em jogos com equipas que defendem em bloco baixo, pode ser uma estratégia vencedora.