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Do céu ao inferno
Com 11 vitórias nos primeiros 11 jogos e uma média impressionante de 3.5 golos por partida, o Sporting parecia caminhar tranquilamente rumo ao título. Uma equipa afinada, que jogava quase de olhos fechados, liderada por um Viktor Gyökeres imparável, a marcar jogo após jogo. A vantagem sobre os rivais crescia, e tudo indicava que seria uma época de sonho.
Mas o conto de fadas teve um revés inesperado: Rúben Amorim saiu rumo ao Manchester. A partir daí, instalou-se o caos. João Pereira assumiu o comando, mas o encanto desapareceu. A equipa, antes tão coesa, perdeu o brilho e acumulou tropeços (2 derrotas e 1 empate em apenas 5 jogos). O que aconteceu nos bastidores ainda é um mistério, mas uma coisa é certa: o Sporting deixou escapar a vantagem que parecia inabalável.
O que mudou com Rui Borges?
Rui Borges assumiu o leme numa altura crítica, com uma equipa desmoralizada e um futuro repleto de incertezas. No entanto, entrou com o pé direito: uma vitória marcante sobre o Benfica no jogo de estreia e um empate eletrizante em Guimarães, num campo tradicionalmente complicado e carregado de pressão psicológica. Nesse jogo, o Sporting chegou a estar em vantagem por dois golos, mostrando sinais de reação.
Por agora, é evidente que há melhorias, mas também se destacam fragilidades. A mudança tática do habitual 3-4-3 de Amorim para um 4-2-3-1 trouxe frescura, mas expôs a falta de opções no plantel. A ausência de laterais de raiz e a escassez de médios, agravadas por lesões num calendário apertado, são problemas que Rui Borges terá de contornar para devolver estabilidade e consistência aos leões.
11 esperado do Sporting em 4-2-3-1
Ainda não é super claro se este será o 11 do Sporting quando tiver todos os jogadores disponíveis. Um jogador que pode brilhar ainda mais é Pedro Gonçalves, que neste sistema tem a sua posição preferencial, e não é tão sacrificado jogando no corredor.
O Sporting conta com dois jogadores transcendentes: Gyökeres e Hjulmand, que têm lugar em quase todas (se não todas) as equipas do mundo.
Os leões contam ainda com bastantes jogadores de qualidade, como Francisco Trincão, Morita e Pedro Gonçalves.
Pontos fortes e pontos fracos
Viktor Gyökeres em alta rotação
Viktor Gyökeres é, sem dúvida, um dos nomes mais impactantes do futebol português na atualidade, sendo apontado como o MVP mais consensual dos últimos anos. A sua presença em campo não só eleva o nível da equipa, mas também dá ao Sporting uma aura de confiança: com Gyökeres, parece que os leões estão sempre mais próximos da vitória. A sua capacidade de finalização, aliado ao trabalho incansável fora da área, faz dele um jogador praticamente indispensável no esquema leonino.
Um plantel com provas dadas
Como Rui Borges fez questão de salientar na sua apresentação, este é o plantel que começou a época a um ritmo avassalador e com exibições que encantaram adeptos e críticos. A equipa, que chegou a golear quase por hábito, mostrou que a qualidade individual e coletiva está lá. Com os mesmos jogadores e a reviravolta psicológica aparentemente ultrapassada, a base para retomar o sucesso está intacta. A questão agora é canalizar essa qualidade para um novo sistema tático e manter a consistência até ao final da época.
Pouco tempo para consolidar o novo sistema tático
A entrada de Rui Borges trouxe mudanças evidentes e melhorias na abordagem do jogo. No entanto, a transição do 3-4-3 para o 4-2-3-1 exige tempo para treinos e adaptações, algo escasso nesta fase da época, marcada por um calendário apertado e jogos consecutivos. A falta de tempo para integrar o novo sistema é um desafio enorme, especialmente em partidas decisivas onde cada detalhe tático conta.
Plantel com poucas opções
O plantel do Sporting, construído à imagem do sistema 3-4-3 de Rúben Amorim, apresenta agora lacunas evidentes no novo esquema. A ausência de laterais de raiz é um dos maiores problemas, obrigando adaptações que comprometem o equilíbrio da equipa. No meio-campo, as lesões têm sido uma constante, forçando a utilização de jogadores da equipa B e expondo ainda mais a falta de profundidade. Embora já tenham sido utilizados 22 jogadores esta época, 5 posições-chave têm sido ocupadas por atletas fora das suas posições naturais, o que fragiliza o desempenho coletivo.
Problemas na baliza
A baliza continua a ser um ponto sensível para o Sporting. A contratação de Kovacevic não resolveu a instabilidade neste setor, e a equipa apresenta uma das piores relações entre remates sofridos e golos consentidos nas principais ligas europeias. Esta vulnerabilidade torna o Sporting mais suscetível a perder pontos mesmo quando domina os jogos, colocando pressão adicional sobre os restantes setores da equipa.
O que devemos ter em conta na hora de apostar?
O Sporting é uma equipa que está numa fase de consolidação. Isso traz imensos riscos e benefícios na hora de apostar. É comum as odds estarem mais desajustadas nesta altura, e é mais fácil encontrar oportunidades. Alguns exemplos são:
A nossa experiência
- Com o novo sistema, o Sporting tem demonstrado alguma inconsistência defensiva. Apostar a favor de golos no jogo, ou mesmo ambas as equipas marcarem, em jogos contra adversários mais fortes e/ou fora de casa pode ser uma boa aposta.
- O Sporting tem deixado escapar algumas vantagens confortáveis. A Bwin tem a funcionalidade "2 golos de vantagem", em que uma aposta é paga quando a equipa em que apostas ganha uma vantagem de dois golos. Esta função já me salvou duas apostas no Sporting: na Supertaça contra o Porto, e contra o Vitória de Guimarães na 17ª jornada da Liga Portuguesa
- O calendário do Sporting não tem sido fácil, e já no passado demonstrou dificuldades quando joga mais de uma vez por semana. Antes de apostar, verifica a carga de jogos nas últimas semanas.
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